terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tipos de Toxicomanias

Narcóticos ou Entorpecentes

Esse termo é usado para se referir a substâncias que induziam a uma alteração do estado da consciência. Entretanto, a constatação de que uma grande quantidade de substâncias usadas ou não na medicina produzem alterações no estado da consciência fez com que o uso dessa expressão fosse paulatinamente se restringindo ao ópio e seus derivados ou substâncias sintéticas com efeitos semelhantes a elas e que também produzem tolerância e dependência tanto física como psíquica.

O alívio da dor obtido com narcóticos se faz acompanhar de um curto estado de euforia. Eles também provocam torpor, apatia, letargia, contração das pupilas, borramento da visão e constipação intestinal. Em casos de superdosagem, não há perda de coordenação motora ou voz pastosa como ocorre com as drogas depressoras, mas, podem provocar náuseas, vômito, sono e depressão respiratória.

A síndrome de abstinência pode ser atenuada usando-se um esquema de redução gradativa das doses. O uso de substitutos como a metadona tem sido preconizado, podendo ser administrada via oral, e as doses podem ser gradativamente reduzidas.

Depressores do Sistema Nervoso Central

O efeito dos depressores faz-se sentir em estágios. A primeira estrutura a se deprimir é o córtex cerebral, e por isso os efeitos imediatos de doses moderadas se traduzem por uma sensação de relaxamento e diminuição da censura. A maioria das pessoas refere euforia e bem estar, mas, eventualmente, podem surgir angústia e sentimentos hostis. Doses maiores provocam incoordenação motora, a qual pode traduzir-se por uma marcha lenta e fala pastosa; aparecem também, torpor e sonolência; doses ainda mais fortes levam a uma depressão dos centros respiratórios, colapso cardiocirculatório, estupor, coma e morte. Alguns depressores como o clorofórmio podem, mesmo em doses moderadas, causar uma parada cardíaca e a morte súbita.

Todos eles apresentam o fenômeno da tolerância e podem causar dependência física ou psíquica. Os riscos de uma superdosagem variam de uma droga para outra.  Com os mais fracos o quadro de uma superdosagem se assemelha a uma embriaguez alcoólica e outros mais potentes podem levar a morte.

A síndrome de abstinência pode ser suave quando as quantidades habitualmente ingeridas são moderadas ou com drogas menos potentes. Neste caso surgem ansiedade, agitação e apreensão, perda de apetite, náuseas, vômito, palpitações, transpiração excessiva, desmaios, insônia e tremores grosseiros. Se o indivíduo é dependente de doses maiores, a abstinência pode provocar um estado confusional de tipo psicótico, como delírio, ilusões, tremores, convulsões, e pode vir a morrer. Em vista da severidade da síndrome de abstinência, recomenda-se que o tratamento de desabituação seja realizado em ambiente hospitalar com o emprego de tranqüilizantes que podem eficazmente combater esses sintomas.

O uso ocasional de depressores é mais comumente observado entre adolescentes e os quadros de dependência são mais comuns entre os adultos.

Estimulantes

O consumo de estimulantes do sistema nervoso central é parte da vida moderna. Dentre os estimulantes socialmente aceitos estão a nicotina, existente no tabaco, e a cafeína, existente no café. Os estimulantes mais fortes, devido o seu potencial de provocar dependência, são submetidos a controle.

Os consumidores se apóiam nos estimulantes para se sentirem mais fortes e mais confiantes. Freqüentemente tomam um estimulante pela manhã e um tranqüilizante a noite para poder relaxar e dormir. Este “controle químico” interfere nos processos normais do organismo e pode levar a uma doença física ou mental.

A tolerância aos estimulantes se desenvolve rapidamente, aumentando a probabilidade de uma superdosagem. A última, caracterizada por tonturas, tremores, agitação, hostilidade, pânico, dor de cabeça, vermelhidão da pele, palpitações, transpiração abundante, vômitos e colapso cardiocirculatório que prenunciam a morte.

A síndrome de abstinência pode durar vários dias e até semanas. O indivíduo deve estar sob supervisão médica, de preferência em regime de hospitalização, tanto para permitir uma adequada sedação como para prevenir uma recaída no vício. Nos casos em que ocorre psicose, o tratamento é necessariamente hospitalar e exige maior tempo, após a desintoxicação pode observa-se falhas de memória.

Alucinógenos, Psicodislépticos ou Psicotomiméticos

São drogas obtidas de fontes naturais ou sintéticas com uma peculiar capacidade de provocar sintomas semelhantes àqueles observados nas psicoses. Dependendo da dose e da sensibilidade individual, podem desencadear desde um estado suave de exacerbação das percepções, passando por um quadro de ilusões visuais e sensações de despersonalização até um estado de franca psicose com alucinações, delírios e perda total do contato com a realidade.

A síndrome de abstinência está mais diretamente ligada às profundas alterações da percepção do mundo daqueles que fizeram “viagens” do que a ausência da droga em si.







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